Governo anuncia volta da CPMF e Ministro diz que brasileiros pagarão mais impostos até o final de 2015
As medidas do ajuste fiscal anunciadas em Brasília nesta segunda-feira pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) incluirá a ressurreição da CPMF, o chamado imposto do cheque. A volta da CPMF, aliada com a redução do IOF, trará uma receita adicional de 32 bilhões de reais, segundo os cálculos do governo. A alíquota será de 0,2%.
“Seria o caminho que traria menos distorção na economia, com menor impacto inflacionário”, disse Levy. A contribuição terá duração limitada e incidirá “tanto nas atividades produtivas como de lazer”. Segundo o ministro, outras alternativas onerariam a indústria “de forma desvantajosa”. “Após consultas com parlamentares e empresários, vimos que essa seria a forma mais eficiente”, disse. Levy afirmou que o objetivo é que a nova CPMF “não dure mais do que quatro anos” e que, se houver espaço, “nada impede que o governo reduza ou elimine” o imposto antes desse prazo.
Os recursos da CPMF será direcionados para as despesas com a Previdência. “Cada vez que fizermos uma compra, dois milésimos estarão direcionados para os pagamentos das aposentadorias e benefícios para todos os idosos”, afirmou Levy.
Segundo ele, a alíquota de 0,2% é “a mínima necessária para garantir a segurança fiscal”. “Nós já conhecemos essa contribuição. É uma contribuição que os bancos estão preparados para implementar relativamente rápido, é transparente e tem um aspecto social”.
Joaquim Levy, rejeitou a ideia de que o governo falhou ao não conseguir evitar que o Brasil perdesse o grau de investimento, e disse que chegou o momento de todos assumirem responsabilidade pelo ajuste fiscal, para evitar custos maiores para o país.
“Eu não acho que houve falha. Existe um problema difícil e um problema que só vai ser vencido se as pessoas olharem com responsabilidade”, disse o ministro em entrevista ao Jornal da Globo, da TV Globo, na madrugada de quinta-feira.
“A gente tem dado um diagnóstico verdadeiro, transparente e agora as pessoas têm que tomar as suas responsabilidades, em todos os níveis.”
Na quarta-feira, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou a nota brasileira para BB+, retirando do país o selo de bom pagador.
O corte na nota veio 10 dias após o governo apresentar uma proposta orçamentária para o próximo ano com um déficit de 30,5 bilhões de reais, diante da dificuldades em aprovar medidas para reequilibrar as contas e da queda da arrecadação.
Ministro disse que responsabilidade da crise econômica é de todos os brasileiros
Reportagem e fotos:
-http://veja.abril.com.br/noticia/economia/governo-anuncia-volta-da-cpmf-para-tentar-arrecadar-r-32-bilhoes/
– http://www.brasilpost.com.br/2015/09/10/levy-nega-que-governo-tenha-falhado_n_8115856.html
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