Crianças criadas com gatos podem ter esquizofrenia no futuro, afirma pesquisa polêmica

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De acordo com o estudo, publicado na revista Schizophrenia Research (em inglês), existe uma ligação – que já foi testada 3 vezes, chegando aos mesmos resultados – entre crianças que cresceram em ambientes familiares com gatos e o desenvolvimento posterior de esquizofrenia.

De acordo com os responsáveis pela pesquisa, dois outros estudos mostraram que crianças que convivem com gatos em suas casas possuem maiores taxas de risco de desenvolver a doença – considerado pela psiquiatria um grave transtorno mental.

Essa hipótese – que soa como absurda para muitos – já havia sido levantada por cientistas anteriormente, e os três pesquisadores quiseram comprovar, com novos dados, se está possibilidade existiria na prática, e chegaram aos mesmos resultados.

Segundo eles, a convivência de crianças com gatos ocorre com mais frequência em famílias onde um ou mais pessoas possuem doenças mentais graves. Os cientistas responsáveis pelo estudo, ainda alertam que, de acordo com os dados, a explicação mais plausível para essa ligação seria a presença de um famoso parasita, o protozoário Toxoplasma gondii. Outros cientistas encararam com naturalidade o estudo, mas comentaram que mais averiguações e intensas pesquisas são necessárias para dar uma comprovação mais consistente.

Os dados são, no mínimo, preocupantes. O portal Huffingon Post liberou os detalhes da pesquisa, mostrando que 50,6% das pessoas que desenvolveram esquizofrenia criaram gatos em suas casas na infância. O resultado é similar com outros estudos realizados em 1990 que encontrou uma taxa de 50,9% e 51,9%.

E. Fuller Torrey e Wendy Simmons, do Stanley Medical Research Institute, e Robert H. Yolken, do Stanley Laboratory of Developmental Neurovirology, analisaram 1.982 questionários que não haviam sido revisados anteriormente. Ao total, 2.125 famílias, que pertenciam ao Instituto Nacional de Doença Mental dos EUA, foram analisadas.

Estima-se 2,5 milhões de pessoas nos EUA sofram de esquizofrenia, enquanto de 30-37% dos lares americanos possuem gatos.

Evidentemente, o estudo mostra uma simples ligação e não uma relação direta de causa. A principal teoria está em torno do parasita Toxoplasma gondii, responsável pela doença toxoplasmose. Este protozoário, em inúmeros estudos, mostrou-se capaz de desempenhar um importante papel nas doenças mentais.

“Toxoplasma gondii chega ao cérebro em forma de cistos microscópicos. Achamos que, em seguida, torna-se ativo no final da adolescência e cause a doença ao afetar, provavelmente, os neurotransmissores”, comentou Torrey em entrevista ao Huffington Post.

Além da esquizofrenia, este parasita está ligado a abortos espontâneos, transtorno de desenvolvimento fetal, cegueira e, em casos extremos, morte, de acordo com dados publicados na revista Times.

Os centros de prevenção de saúde dos EUA estimam que 60 milhões de pessoas possuam o parasita, mas seus corpos são imunologicamente fortes o suficiente para não permitir que ele gere sintomas.

Em geral, os especialistas pedem que os gatos domésticos sejam mantidos dentro de casa, evitando deixá-los sair para a rua, cobrir a caixa de areia com plástico e evitar entrar em contato direto com as fezes. É sempre importante consultar um veterinário para averiguar a boa saúde dos gatos.

Os pesquisadores esperam que o estudo possa inspirar outros cientistas de várias partes do mundo para iniciarem estudos similares em busca de mais dados.

Além dos dados alarmantes, vários estudos já mostraram os enormes benefícios em se criar gatos. Uma pesquisa de 2008, da Universidade de Minnesota, mostrou que donos de gatos possuem 30% menos chances de ter ataques cardíacos, além de menos sentimentos de solidão.

Reportagem: http://www.jornalciencia.com/meio-ambiente/animais/4881-criancas-criadas-com-gatos-podem-ter-esquizofrenia-no-futuro-uma-pesquisa-polemica-levantou-essa-possibilidade

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Um comentário em “Crianças criadas com gatos podem ter esquizofrenia no futuro, afirma pesquisa polêmica”

  1. Saúde Encima disse:

    Olá, gostei do artigo. É bem fundamentado e com excelentes dicas. Espero ter outros com essa qualidade.

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