A importante atuação de microrganismos do solo contra patógenos e doenças nas plantas

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Práticas de rotação de culturas e fertilização podem influenciar e encorajar processos microbiais no solo, capazes de suprimir doenças. Amy Coombs (2013) pesquisou a atuação de microrganismos contra a ação de doenças no solo, tendo seu artigo “Fighting Microbes with Microbes” publicado na revista “The Scientist”.

Nos últimos anos, diversos biólogos começaram a compreender melhor como funciona a microbiota e sua relação com as plantas. Uma amostra de solo pode conter mais de 30 mil variedades taxonômicas de micróbios e eles não somente disponibilizam nutrientes para as plantas, como também suprimem doenças. Em troca, as raízes secretam carbono ao solo, alimentando os simbiontes bacteriais.

O uso indiscriminado de fertilizantes químicos, como o Cloreto de Potássio (KCl), está diretamente ligado a morte microbial no solo, devido a sua concentração de 47% cloro, além do alto índice salino. Mike Cohen, biólogo da Universidade de Sonoma, falou sobre a morte dos microrganismos do solo. “Isso cria um vácuo biológico que é preenchido por sobreviventes e organismos oportunistas do solo circundante”. Os poucos patógenos sobreviventes encontram um ambiente sem competição e livre para proliferar.

A melhor forma de defesa é os próprios organismos do solo. “Eles deslocam os patógenos e produzem toxinas que os matam, além de ativar o próprio sistema de defesa da planta”, afirmou COOMBS (2013). Ainda de acordo com o artigo, o objetivo é diminuir o uso de pesticidas e fungicidas utilizando a microbioma.

O uso de KCl causa danos irreparáveis no solo a longo prazo, matando inclusive os microrganismos essenciais para o desenvolvimento das plantas. O uso desse produto contribui para o desequilíbrio no solo e deve ser evitado.

Com a microbiota rica e diversa, é possível abandonar o uso de produtos químicos, mas é necessário primeiro entender a relação entre micróbios e plantas.

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A vida embaixo do solo

COOMBS (2013) cita uma pesquisa da Universidade de Agricultura da China, em Guangzhou, sobre plantas de tomate, sendo uma inoculada com o fungo Alternaria solani, que pode apodrecer o fruto do tomate, além de criar manchas mortas ou marrons nas folhas. Após cobrirem todas as plantas do experimento com sacos plásticos para evitar que se comunicassem pelo ar, perceberam que ainda houve comunicação entre as culturas. Algumas plantas próximas ativaram um gene de autodefesa e começaram a produzir enzimas capazes de enfrentar o organismo.

A comunicação se deu origem graças a outro fungo, Glomus mosseae. As plantas crescidas em solos com esse microrganismo receberam o alerta de defesa, enquanto as amostras que cresceram em um ambiente sem esse fungo não foram alertadas e consequentemente não produziram as enzimas necessárias para se defenderem.

Se as plantas conseguem se comunicar através de uma rede subterrânea, é possível prevenir doenças cultivando apenas a mistura ideal de micróbios no solo. O único problema, de acordo com Harsh Bais, biólogo de plantas pela Universidade de Delaware, é que ainda não se sabe muito sobre como acontece a conexão entre plantas e micróbios.

Comunicação entre organismos vivos

slslslslslslPara responder essa questão, Bais e colegas fizeram alguns experimentos com a planta Arabidopsis thaliana e a bactéria Bacillus subtilis, conhecida por melhorar a saúde da planta.

A bactéria se estabeleceu no solo colonizando ao redor das raízes. O peptídeo secretado pela B. subtilis afasta patógenos da proximidade. Em outro experimento, Bais infectou a mesma planta com outra bactéria causadora de doenças graves. Logo as raízes começaram a secretar um material para atrair a B. subtilis. Como resultado, houve colonização nas raízes, e a defesa contra a infecção bacteriana.

“Plantas podem ainda recrutar diferentes espécies bacterianas na medida em que suas necessidades por água e comida mudam”, explica COOMBS (2013). “Há evidências de que o efeito de bactérias benéficas pode durar gerações. Mesmo após a comunidade bacteriana diminuir, as vias bioquímicas desenvolvidas pelas plantas em resposta à colonização bacteriana permanecem intactas”, concluiu.

O solo é um sistema amplo que permite que bactérias atuem conforme for conveniente, tendo a estrutura comunitária de organismos vivos determinada pela disponibilidade e competitividade de alimentos e nutrientes. Ao manipular as condições de tratamento do solo, de maneira que tenha mais nutrientes disponíveis, é possível ter uma comunidade geneticamente diversa.

Através da remineralização do solo é possível promover um ambiente favorável para o surgimento de comunidades bacterianas e seus benefícios para o cultivo. O K Forte, da Verde, é um remineralizador que recupera o solo desgastado, fonte de macro e micro-nutrientes como potássio, silício e magnésio, além de um total de 70 elementos-traço. Por ser um produto de liberação gradual, atende as necessidades do cultivo e não prejudica a microbioma do solo.

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Leia mais sobre a relação simbiótica que ocorre nas raízes das plantas aqui.

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Sobre o K Forte

O K Forte é um remineralizador de solos fonte de macro e micronutrientes, incluindo potássio, magnésio e silício. No total, ele possui cerca de 70 elementos-traço de liberação gradual. O produto é uma alternativa eficaz e mais econômica em relação ao Cloreto de Potássio (KCl), fertilizante químico amplamente utilizado pelo agricultor brasileiro. K Forte não contém sal nem cloreto em sua composição; aumenta a capacidade do solo de reter nutrientes e água (1:1); aumenta a disponibilidade de fósforo no solo, sem alterar o pH; diminui as perdas de nitrogênio por volatilização e lixiviação. Devido à sua alta concentração de silício, aumenta a resistência da planta contra pragas, doenças, mudanças bruscas de temperatura e falta de água.

Sobre a Verde

A Verde AgriTech é uma empresa fundada e controlada por brasileiros. Desde 2007, está listada na bolsa de valores de Toronto, Canadá. Trabalhamos para melhorar o meio ambiente, aumentar o valor nutricional dos alimentos e capturar CO2 através de uma agricultura mais sustentável. Desde 2005, já investimos mais de R$200 milhões em pesquisa e tecnologia. Criamos o primeiro marketplace gratuito para que fazendeiros e empresas possam oferecer alimentos mais saudáveis e sustentáveis. Também operamos a maior mina de potássio do Brasil, onde produzimos soluções inovadoras para a agricultura sustentável: K Forte®, Super Greensand® e Silício Forte®.

Referências:

  • [1] COOMBS, Amy. The Scientist; 2013: https://www.the-scientist.com/features/fighting-microbes-with-microbes-39995
  • [2] Hermary, H. Effects of some synthetic fertilizers on the soil ecosystem. (2007)
  • [3] Song YY, Zeng RS, Xu JF, Li J, Shen X, Yihdego WG (2010) Interplant Communication of Tomato Plants through Underground Common Mycorrhizal Networks. PLoS ONE 5(10): e13324. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0013324

 

Reportagem e Fonte da Reportagem: Vinícius Santos/Verde AgriTech / Foto Capa: Divulgação/Verde AgriTech

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