Jogadores de meio-campo suprem queda de rendimento de atacantes do Cruzeiro na Série A
Em uma temporada de oscilação do ataque, o meio-campo vem salvando o Cruzeiro na luta para se distanciar da zona de rebaixamento. Diferentemente das últimas temporadas, os gols marcados pelos armadores superam os dos atacantes, que já amargam uma série de oito jogos sem balançar as redes – seis pelo Brasileiro e dois pela Copa do Brasil. A chance de dar fim ao jejum será sábado, quando a Raposa recebe a Ponte Preta, às 21h, no Mineirão, pela 29ª rodada do Brasileiro.
No Brasileiro, os armadores De Arrascaeta (6 gols), Alisson (3), Robinho, Elber e Rafinha (2, cada), e Pisano (1), que se transferiu para o Santa Cruz, somam 16 gols. Eles têm dois a mais que a soma de Ábila (6), Sobis e Willian (3, cada), além de 1 de Douglas Coutinho e Riascos, que não estão mais no clube.
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“Eu conversava com o Rafinha outro dia, a gente não pode deixar as responsabilidades apenas para os atacantes. O meio tem que fazer gol, defesa tem que participar na bola parada”, afirmou o armador Robinho, que vive boa fase no clube, com quatro gols em pouco mais de um mês pelas duas competições. “Todos estão ajudando porque os jogos estão difíceis, a gente ganha de 1 a 0 e não pode deixar os gols só para os atacantes”, afirmou.
Nas últimas temporadas, os atacantes têm sido responsáveis, em média, pela metade dos gols celestes. Mesmo em temporadas com brilho de armadores como Ricardo Goulart (15 gols, em 2014) e Walter Montillo (12, em 2011), o setor ofensivo se manteve dentro da média. Nesta temporada, os jogadores de frente fizeram 40% dos gols do Cruzeiro, enquanto armadores são responsáveis por 45%. Se forem somados os três do volante Henrique – o último deles na vitória sobre o Grêmio, por 1 a 0, sábado passado –, o meio-campo fez mais da metade dos gols celestes no Brasileiro: 19 (53,5%).
A última vez que o meio-campo foi mais eficiente que o ataque foi em 2011, quando volantes e armadores totalizaram 24 gols, contra 23 dos atacantes. Curiosamente, a temporada foi a última em que o Cruzeiro precisou lutar contra o descenso. “Nosso meio tem força para defender e chegar ao ataque para a gente conseguir as vitórias”, afirmou o zagueiro Leo. “A gente tem procurado ter esse equilíbrio, essa compactação da defesa e ataque. Esses jogadores que vêm de trás, como esses jogadores do meio, muitas vezes são uma arma surpresa. Isso é um ponto positivo”.
RENOVAÇÃO
Um dos jogadores mais antigos do Cruzeiro, com 208 partidas disputadas, o zagueiro revelou ontem que já conversa com a diretoria para a renovação de seu contrato, que termina no fim do ano. “A gente já teve algumas conversas com relação à renovação. O presidente (Gilvan de Pinho Tavares) já mostrou em entrevista, já mostrou comigo, essa questão de renovação, para eu ter a tranquilidade no trabalho”, afirmou o jogador, que será titular contra a Ponte Preta, sábado.
Ontem, o técnico Mano Menezes coordenou um trabalho técnico com os jogadores em campo reduzido. A parte final do treino foi fechada. Elber, que havia treinado separado terça-feira, voltou ao grupo.
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