Em súmula, árbitro relata lançamento de pedra e xingamentos após Chape x Cruzeiro

Foto capa: superesportes
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O árbitro Péricles Bassols relatou em súmula que foi xingado por jogadores e dirigentes da Chapecoense após a partida contra o Cruzeiro, na Arena Condá, em Chapecó-SC, pela volta das oitavas de final da Copa do Brasil. O juiz também colocou no documento do jogo que o quatro árbitro, Evandro Tiago Bender, levou uma pedrada lançada por torcedores do time catarinense, deixando o campo ferido.

Os dois jogadores expulsos após a partida foram o zagueiro Victor Ramos e o lateral-esquerdo Reinaldo. Ambos xingaram o árbitro após o empate em 0 a 0. A igualdade eliminou os catarinenses, que perderam o jogo de ida por 1 a 0, no Mineirão.

“Após o término da partida, o atleta nº 80, Victor Ramos Ferreira, da equipe da Chapecoense veio na direção da equipe de arbitragem e de frente para mim e apontando o dedo por cima do escudo de proteção dos policiais, proferiu as seguintes palavras: ‘você é um filho da puta, um safado!’. Em virtude do tumulto ao redor da equipe de arbitragem, e da confusão generalizada, o cartão vermelho não pode ser mostrado no campo de jogo. Desta forma a expulsão foi informada na comunicação de penalidades”, relatou.

 “Ainda dentro do campo de jogo, expulsei de forma direta o jogador nº 6 da Chapecoense, o sr. Reinaldo Manoel da Silva, por proferir as seguintes palavras em minha direção: ‘você é um ladrão safado, vai se fuder (sic)'”, acrescentou.
O árbitro Péricles Bassols foi cercado após a partida e precisou da proteção policial, porque até dirigentes da Chapecoense invadiram o campo. Bassols também disse que foi xingado por diretores da equipe do Sul.

“Após o término da partida, o técnico da equipe da Chapecoense, sr. Vagner Carmo Mancini, invadiu o campo de jogo e se dirigiu a equipe de arbitragem para questionar e protestar contra decisões tomadas em campo. Logo após a chegada do policiamento, dois dirigentes da equipe da Chapecoense, identificados como sr. Rui Costa e sr. João Carlos, conhecido como “Maringá”, invadiram o campo, se dirigiram a equipe de arbitragem fazendo ameaças verbais. O primeiro disse: “aqui é trabalho e nenhum vagabundo vai estragar isso, seu filho da puta.” O segundo proferiu as seguintes palavras: “você vai se fuder seu filho da puta, você tem que se fuder (sic)”, relatou Bassols.

Na saída de campo, o quarto árbitro, Evandro Tiago, foi atingido por um objeto arremessado da arquibancada e ficou com um corte e sangramento abaixo do olho esquerdo. Bassols disse que foi feito boletim de ocorrência e exame de corpo de delito.

“Ao sair do campo, escoltados pela polícia, uma pedra foi arremessada da arquibancada onde se situava a torcida da Chapecoense atravessou os escudos de proteção atingindo o quarto árbitro, sr. Evandro Tiago Bender, no rosto (supercílio e abaixo do olho) causando ferimento nas duas regiões. Este fato foi registrado no boletim de ocorrência com número de protocolo 2828191, feito no vestiário pelo policiamento local. o exame de corpo de delito será anexado assim que realizado”, escreveu o árbitro do jogo, que disse não ter visto a confusão generalizada na entrada dos vestiários de Chapecoense e Cruzeiro.

“Cabe relatar que ainda dentro de campo e protegidos pela polícia, identificamos uma confusão generalizada na zona mista, contudo, devido a nossa posição no campo, não foi possível identificar o que iniciou tal incidente e os infratores envolvidos”, descreveu Bassols.

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