Colunista Josiane Resende Candido: PRECISAMOS FALAR SOBRE A DOR DO LUTO
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Olá Leitores e Leitoras do Portal SG AGORA! Me chamo Josiane Resende Candido. Sou graduada em psicologia, pós graduada em dependência química, pós graduada em saúde mental e pós graduanda em terapia cognitivo comportamental. Trabalho há sete anos com saúde mental e dependência química.
Trabalhei em clínicas e no SUS. Hoje trabalho no centro de Covid de Lagoa Formosa, sou supervisora institucional do CAPS de São Gotardo e faço atendimentos particulares. Sou São-Gotardense, minha família toda é dessa terrinha e atualmente resido em Patos de Minas.
Neste segundo semestre de 2021, começo um novo desavio em minha vida: Ser Colunista do Portal SG AGORA. Estou muito feliz pela oportunidade e preparei um tema que reflete um sentimento oposto a alegria mas que necessitamos debater.
Vamos falar sobre o luto? Vamos falar sobre a morte? Nós precisamos falar sobre isso. Falar faz parte do processo da cura.
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Lembro que a primeira vez que parei para pensar sobre a morte com uma profundidade maior foi na faculdade. Eu estava fazendo um estágio em terapia do luto. A minha professora nos apresentou o documentário de Petra Costa: Helena. De cara, eu fiquei impactada com a força que cada palavra tinha. Petra perdeu a irmã e produziu o documentário como uma forma de ressignificar essa perda.
Ressignificar – guarde essa palavra, nós vamos falar sobre ela – mas primeiro nós vamos aprender um pouco sobre os CINCO estágios de um luto.
Primeiro estágio: Negação. A negação é uma forma de se proteger da dor. Cada um tem um tempo para absorver a perda e é importante saber respeitar isso.
Segundo estágio: Raiva. A raiva surge quando não é mais possível negar a perda. Essa raiva é projetada no ambiente e em outras pessoas. É quando surge um sentimento maior de inconformismo.
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Terceiro estágio: Barganha. A pessoa começa a acreditar que se fizer algo diferente, ela não vai perder. Geralmente aqui as pessoas começam a fazer algumas promessas.
Quarto estágio: Depressão. Um sentimento muito grande de solidão toma conta da pessoa. Ela perde o sentido da vida, fica apenas um vazio. Este estágio exige muita conversa, muito apoio, muita paciência e muita ajuda.
Quinto estágio: Aceitação. Depois de passar por todos os outros estágios e de ter se permitido sentir o que era preciso sentir, a pessoa se sente preparada para aceitar a perda. Aqui se inicia um processo importante de ressignificação.
Ressignificar é dar um novo sentido para a dor; é dar um novo sentido para a perda; é dar um novo sentido para o sofrimento.
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Petra (que eu citei no início deste texto) decidiu fazer o documentário, algumas pessoas criam instituições de caridade, outras homenageiam o ente querido de alguma forma. Cada um encontra uma forma única de ressignificar.
Se você já vivenciou alguma perda e sente que ainda não lidou com ela de uma forma saudável e completa, eu te aconselho a encontrar a sua forma de ressignificar.
Por último e não menos importante, não se esqueça: você não está sozinho e sempre pode pedir ajuda.
Josiane Resende Candido / Psicóloga / Instagram: @cantinhopsicologia (Foto: Reprodução/Internet)
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Reportagem: Josiane Resende Candido / Supervisão: Diego Oliveira/Portal SG AGORA / Foto Utilizada e Foto Capa: Divulgação/Arquivo Pessoal/Josiane Resende Candido
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