Beijo no carnaval: especialista alerta para riscos e dá dicas de prevenção

Foto Capa: FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO
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A prática de beijar várias pessoas nos bloquinhos e bailes de carnaval tem um lado negativo que deve ser levado em consideração, alerta o Conselho Regional de Odontologia do Estado de São Paulo (Crosp).

De maneira geral, bactérias, vírus e fungos que estejam presentes na saliva podem ser transmitidos pelo beijo, segundo o dentista Fabio de Abreu Alves, da Câmara Técnica de Estomatologia do Crosp.

Ele alerta que pessoas que estejam com o sistema imunológico mais debilitado ficam mais vulneráveis a essas infecções. “Principalmente no carnaval, em que as pessoas comem pouco e bebem muito, ficam com o organismo um pouco mais suscetível.”

eja quais são as principais doenças que podem ser transmitidas pelo beijo e quais medidas de prevenção podem ser adotadas:

Doenças que podem ser transmitidas pelo beijo

  • Herpes labial: a doença provocada pelo vírus da herpes simples provoca feridas nos lábios, face ou interior da boca semelhantes a aftas. A crise dura certa de uma semana e volta de tempos em tempos, principalmente em situações de baixa imunidade. Medicamentos antivirais podem ser indicados para tratar as crises.
  • Sapinho ou candidíase oral: trata-se de uma micose provocada pelo fungo Candida albicans. Ela se manifesta por pontos brancos e escamosos na língua e parte interna das bochechas. O tratamento pode envolver o uso de medicamento antifúngico.
  • Mononucleose ou “doença do beijo”: a doença provocada pelo vírus Epstein-Barr provoca sintomas semelhantes aos de uma gripe forte: mal-estar, dor no corpo, febre, dor de garganta e aumento dos gânglios linfáticos (fenômeno conhecido como íngua). Não existe tratamento específico, mas medicamentos podem ser indicados para aliviar os sintomas.
  • Cárie e gengivite: como doenças infecciosas provocadas por bactérias, também podem ser transmitidas pelo beijo. No entanto, segundo Alves, quem mantém uma boa higiene bucal não deve ser infectado ainda que entre em contato com as bactérias.
  • Sífilis: a sífilis secundária, segunda fase da doença, pode provocar lesões na pele e boca. Nesta fase, a bactéria Treponema pallidum, que provoca a doença, pode ser transmitida pelo beijo. “Obviamente não é a principal forma de contaminação, o mais comum é pelo contato sexual, mas pode acontecer”, afirma Alves. A sífilis tem cura e é tratada com antibióticos.

Dicas de prevenção

  • Pessoas com sistema imunológico abalado são mais vulneráveis às infecções. Portanto, tenha cuidados gerais com a saúde: coma bem, durma bem e beba bastante água durante o carnaval.
  • Quem já tem problemas bucais prévios também fica mais vulnerável a outras infecções. Portanto, mantenha a higiene bucal em dia: escove os dentes, use fio dental e enxaguante bucal.
  • Fique atento aos sinais que indicam doenças bucais, como boca seca, sangramentos e gosto amargo na boca. Consulte um dentista caso tenha um desses sintomas.

 

Reportagem Original: http://g1.globo.com/carnaval/2017/noticia/beijo-no-carnaval-especialista-alerta-para-riscos-e-da-dicas-de-prevencao.ghtml

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