Apaixonados por cães: 7 dicas para saber quando seu cãozinho está com dor

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Eles não reclamam, dificilmente choram e nunca apontam onde está o incômodo. Infelizmente, isso não significa que o melhor amigo do homem seja imune à dor. “Muitas vezes, o dono só percebe que há um problema depois de o animal passar vários dias sem comer, o que significa que a dor já atingiu um nível intenso”, explica a veterinária Fernanda Fragata, diretora do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo.

Além de evitar o sofrimento prolongado, o diagnóstico precoce só traz benefícios. Afinal, é mais fácil e eficiente tratar doenças em estágio inicial, associando medicamentos a sessões de fisioterapia ou acupuntura. E, assim como acontece com os seres humanos, não há bom humor que resista à dor crônica. “Uma dor de dente, por exemplo, pode ser a causa do temperamento agressivo, e o tratamento pode revelar um novo animal, mais dócil ou brincalhão”, diz o veterinário Eduardo Schmidt, sócio do Hospital Veterinário Rebouças, em São Paulo.

A dor também pode ser sazonal: as baixas temperaturas, por exemplo, aumentam a sensibilidade à dor, em especial quando sua origem está nas articulações. Portanto, para evitar que os cãezinhos sofram em silêncio, é importante ficar atento aos sinais que eles enviam quando algo está errado. Além dos sintomas genéricos que indicam que algo está errado, como apatia, tremor e falta de apetite, há outras manifestações sutis de dor que podem indicar problemas específicos.

Confiram 7 dicas para melhor saber quando seu cão não está legal:

Comer menos:
O animal demonstra interesse pela comida, mas se recusa a comer. O problema pode aparecer de duas maneiras: numa situação, o cãozinho se aproxima do pote de ração, mas não se abaixa para comer. Em outros casos, ele tenta mastigar a comida, mas logo cospe o alimento
O que pode significar: quando o cachorro dá uma ou duas mordidas e desiste de mastigar a comida, o problema pode ser dentário ou na gengiva, ou pode ainda significar a presença de um tumor na região bucal. Por outro lado, a recusa em se abaixar é um indício claro de dor na coluna cervical. A dor pode ser provocada por uma redução no espaço entre as vértebras, bico de papagaio ou hérnia de disco. Nesse caso, além do tratamento medicamentoso prescrito pelo veterinário, o dono deve usar um suporte para elevar a tigela de ração e evitar, assim, que o animal precise abaixar a cabeça para comer.

Rebolar:
O que pode ser considerado um charme para os humanos pode ser um alerta de dor ou incômodo, principalmente em cães de grande porte, como labrador, pastor-alemão e rottweiler
O que pode significar: artrite, artrose ou displasia coxofemoral, doença osteoarticular dos quadris. O excesso de molejo deve ser investigado pelo veterinário, e o tratamento envolve medicamentos, fisioterapia ou cirurgia.

Esfregar a pata no rosto:
O gesto repetido várias vezes ao longo do dia dá a impressão de que o animal acaricia o próprio focinho ou tenta remover um cisco dos olhos.
O que pode significar: a suspeita é de um problema nos olhos, como conjuntivite ou doença do olho seco, em que a falta de lubrificação ocular causa lesões na córnea. O tratamento, nesse caso, é feito à base de colírios. O hábito pode representar ainda excesso de tártaro, que provoca dores na gengiva e nos dentes ou fraturas dentárias – sim, os animais também são submetidos a dolorosos tratamentos de canal. Na pior das hipóteses, a explicação pode estar em um tumor na laringe, boca, palato, glote ou língua.

Mancar:
O gesto é facilmente confundido com problemas nas patas, mas a origem da dor nem sempre está nos membros
O que pode significar: dores nas regiões lombar e torácica da coluna podem se refletir em uma das patas. Como resultado, o animal passa a mancar quando corre ou caminha. Além disso, o cão reluta em subir nos móveis e movimenta-se mais lentamente, principalmente ao deitar-se e levantar-se. “Ele fica rodando antes de deitar, enquanto procura uma posição menos confortável”, diz Fernanda Fragata. Quando o animal tem o hábito de subir escadas ou em sofás e camas – o que pode agravar o problema e provocar paralisia dos membros posteriores -, é fundamental impedir seu acesso, com obstáculos e adestramento.

Chacoalhar a cabeça:
O animal chacoalha a cabeça com frequência, como fazem os cães quando estão molhados
O que pode significar: na grande maioria das vezes, esse hábito está associado à dor de ouvido. Para tratar a otite, o veterinário prescreve analgésico e medicamentos específicos para a inflamação ou a infecção aguda dos ouvidos.

Levantar uma pata enquanto anda ou corre:
Durante uma corrida ou caminhada, o bicho levanta uma das patas traseiras por dois ou três passinhos. O gesto é rápido e pode passar despercebido, mas o hábito é sinal de algo mais sério do que uma simples pedrinha no caminho
O que pode significar: o animal pode estar sofrendo uma luxação na patela, o osso do joelho. Durante o exercício, ocorre um deslocamento nessa articulação e o animal, em um movimento rápido, recoloca-a no lugar. Além de provocar dor, a luxação predispõe o cão a desenvolver artrose no decorrer da vida. É mais comum em raças de pequeno porte, como yorkshire, maltês e poodle.

Tossir ou engasgar:
A tosse do cão é comumente confundida com um inocente engasgo, mas uma doença mais grave do que um simples resfriado pode estar por trás do gesto.
O que pode significar: Gripe canina – Causada pelo vírus da parainfluenza canina ou por uma bactéria chamada Bordetella, a gripe canina é mais comum em locais com grande concentração de animais, como canis e hotéis de mascotes, e nos períodos de clima frio e seco. Sem tratamento, pode evoluir para uma grave pneumonia; Bronquite – A tosse de origem alérgica surge em decorrência de predisposição genética. O tratamento inclui o uso de broncodilatadores, anti-histamínicos e corticoides, mas as medidas preventivas são fundamentais. Para evitar o contato com o agente alergênico (poeira), nada de deixar o cãozinho em ambientes com carpetes, tapetes e cortinas ou em obras; Colapso da traqueia – A flacidez resultante da fraqueza dos anéis cartilaginosos em cães idosos de pequeno porte provoca o estreitamento das vias respiratórias. O cãozinho sente falta de ar e, durante uma crise, pode até desmaiar; Doença cardíaca – A causa mais frequente de problemas cardíacos em cães é a insuficiência da válvula mitral, em que o desgaste de uma válvula cardíaca provoca o aumento do coração – que passa a comprimir a traqueia e, assim, afeta a respiração. Nesse caso, a frequência da tosse ajuda o veterinário a controlar as doses dos medicamentos.

Reportagem: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/como-identificar-se-seu-cao-esta-com-dor

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6 Comentários “Apaixonados por cães: 7 dicas para saber quando seu cãozinho está com dor”

  1. Marilda dores disse:

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  2. Eliana Hernia disse:

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