Abordagem policial termina em desacato em São Gotardo. Policial e populares envolvidos acabam feridos
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Na madrugada da última sexta-feira (15/03/24), por volta de 0h30, no Bairro Lírios do Campo, em São Gotardo/MG, uma abordagem policial acabou terminando em confusão. Quatro pessoas ficaram feridas, entre elas um policial militar e uma mulher que estava grávida.
Informação divulgada pela Polícia Militar (leia na íntegra no final desta reportagem):
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Segundo informações oficiais divulgadas pela Assessoria de Imprensa da 216ª Cia da Polícia Militar (São Gotardo), tudo começou quando uma guarnição da PM realizava um patrulhamento no bairro Lírios do Campo, em um local que já é conhecido pela Polícia por supostas práticas de tráfico ilícito de drogas.
Durante o patrulhamento, foi verificada uma movimentação suspeita, onde um rapaz teria corrido e entrado em um beco de acesso a diversas casas, enquanto outro rapaz teria dispensado um objeto no chão. De acordo com a Polícia, uma mulher também teria escondido algo em suas vestes (na blusa).
Com a suspeita, os policiais resolveram realizar a abordagem policial, ordenando que aqueles que ficaram na rua se postassem em posição de busca pessoal. Neste momento apareceu uma mulher e caminhou rapidamente na direção dos militares, que imediatamente ordenaram que ela se afastasse da área de abordagem, tendo ela se recusado a obedecer as ordens e ainda desacatado os militares.
Neste momento começaram a aglomerar diversas pessoas alheias à situação e a guarnição pediu apoio de outra viatura policial que se encontrava no policiamento da cidade. Após a averiguação inicial (busca nos suspeitos do sexo masculino), nada de irregular foi encontrado. A mulher que desobedeceu as ordens dos militares e os desacataram recebeu voz de prisão em flagrante delito, sendo ordenado que ela entrasse na viatura policial por diversas vezes, de forma tranquila, porém ela se negava a todo momento e dizia que ninguém iria tirá-la dali.
Com o início da confusão, mais pessoas se glomeram no local da abordagem e começaram a hostilizar os militares quando estes tentavam conduzir a mulher até a viatura, momento em que ela passou a reagir ativamente à prisão, sendo necessário o uso de força física pelos militares. Pessoas que se diziam parentes da mulher e vizinhos partiram pra cima dos militares com o intuito de arrebatá-la, inclusive uma delas se armou com uma pedra e um tijolo. Diante da situação, os militares se equiparam com instrumentos de menor potencial ofensivo (spray de pimenta, granadas de efeito moral e munições de elastômero), advertindo por diversas vezes para essas pessoas recuassem.
Devido a resistência das pessoas e da dificuldade de sair dali com a mulher detida, foi necessário o uso dos instrumentos citados de menor potencial ofensivo para a dispersão, não sendo possível realizar a prisão de outras pessoas resistentes à ação policial. A mulher foi então encaminhada para o Quartel da Polícia Militar, sendo liberada posteriormente, encerrou a Assessoria de Imprensa da 216º Cia da Polícia Militar (São Gotardo).
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Informação divulgada pela filha da mulher envolvida na ocorrência policial:
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Uma das filhas da mulher envolvida na ocorrência policial, uma jovem de 21 anos de idade, procurou o Portal SG AGORA e deu sua versão sobre os fatos. A jovem também estava presente durante a ocorrência.
De acordo com informações passadas por ela, a mãe de 47 anos de idade é professora em duas escolas no município de São Gotardo e estava somente protegendo sua outra filha quando percebeu a abordagem policial. A filha estaria de fora da casa, esperando um lanche, quando foi abordada pela polícia juntamente com as outras pessoas que estavam na rua.
Ainda de acordo com o relato passado, no dia da abordagem policial, a mulher detida estava doente, com sintomas de dengue e bastante debilitada. Ela ficou presa durante toda a madrugada e foi liberada no início da tarde do dia do ocorrido. A jovem contou ainda que a mãe não possui antecedentes criminais e que abriu um processo contra a Polícia Militar de São Gotardo, pois ficou extremamente abalada após o acontecido:
“No final da confusão, que se tornou tudo isso, apareceu uma grávida que começou a gravar e acabou levando um tiro, assim como meu padrasto. Eles ficaram muito feridos”, encerrou a jovem de 21 anos de idade.
O Portal SG AGORA teve acesso aos vídeos e imagens divulgadas sobre a abordagem, mas devido a trâmites judiciais, os mesmos não podem ser divulgados nesta reportagem. A ocorrência foi levada para a Polícia Civil de São Gotardo, que instaurou uma investigação sobre o caso.
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Nota oficial sobre o caso enviado pela Assessoria de Imprensa da 216ª Cia. da Polícia Militar (São Gotardo):
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DESOBEDIÊNCIA / DESACATO / RESISTÊNCIA / LESÃO CORPORAL EM SÃO GOTARDO
Em São Gotardo, no dia 15/03/2024, por volta das 00h30min, uma guarnição da Polícia Militar realizava o patrulhamento preventivo pelo bairro Lírios do Campo, e quando acessou a Rua Esterlino Luiz Chaves, local onde já é de conhecimento dos militares que ocorre o tráfico ilícito de drogas constantemente, foi verificada uma movimentação suspeita, onde um rapaz corre e entra em um beco de acesso a diversas casas, outro rapaz dispensa um objeto no chão e uma mulher esconde algo nas vestes (na blusa).
Os policiais resolveram realizar a abordagem policial, ordenando que aqueles que ficaram na rua se postassem em posição de busca pessoal. Neste momento apareceu uma mulher e caminhou rapidamente na direção dos militares, que imediatamente ordenaram que ela se afastasse da área de abordagem, tendo ela se recusado a obedecer as ordens e ainda desacatado os militares com xingamentos.
Neste momento começaram a aglomerar diversas pessoas alheias à situação e a guarnição pediu apoio de outra viatura policial que se encontrava no policiamento da cidade. Após a averiguação inicial (busca nos suspeitos do sexo masculino), nada de irregular foi encontrado. A mulher que desobedeceu as ordens dos militares e os desacataram recebeu voz de prisão em flagrante delito, sendo ordenado que ela entrasse na viatura policial por diversas vezes, de forma tranquila, porém ela se negava a todo momento e dizia que ninguém iria tirá-la dali.
As pessoas que se faziam presentes começaram a hostilizar os militares quando estes tentavam conduzir a mulher até a viatura, momento em que ela passou a reagir ativamente à prisão, sendo necessário o uso de força física pelos militares. Pessoas que se diziam parentes da mulher e vizinhos partiram pra cima dos militares com o intuito de arrebatá-la, inclusive uma delas se armou com uma pedra e um tijolo. Diante da situação, os militares se equiparam com instrumentos de menor potencial ofensivo (spray de pimenta, granadas de efeito moral e munições de elastômero), advertindo por diversas vezes para essas pessoas recuarem.
Diante da resistência dessas pessoas e da dificuldade de sair dali com a mulher presa, foi necessário o uso desses instrumentos de menor potencial ofensivo para a dispersão, não sendo possível realizar a prisão de outras pessoas resistentes à ação policial.
A mulher presa em flagrante delito teve todas as suas garantias constitucionais preservadas, foi acompanhada por advogada e foi levada ao Pronto Socorro Municipal para atendimento médico, sendo constatadas lesões leves provocadas pela ação de contenção dos militares executores da prisão. Um militar também ficou ferido devido à resistência perpetrada pela mulher e recebeu atendimento médico. Até o fechamento da ocorrência policial nenhum outro autor foi identificado, não sendo possível determinar se devido ao uso desses instrumentos de menor potencial ofensivo alguém sofreu lesão corporal.
Agência local de Comunicação Organizacional
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Reportagem: Diego Oliveira/Portal SG AGORA / Foto Capa: Arquivo/Portal SG AGORA
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