Abertura da Paralimpíada é marcada por mensagem de diversidade, inclusão e superação
Uma festa cheia de surpresas, marcada por músicas, coreografias e, principalmente, pela mensagem da diversidade, da inclusão e da superação. Assim foi a cerimônia de abertura da 15ª edição dos Jogos Paralímpicos, realizada na noite desta quarta-feira, no Maracanã.
O primeiro ato da Paralimpíada também acabou sendo um momento de reflexão. Em várias situações, o público que encheu o estádio foi convidado a perceber o mundo como um cadeirante, um deficiente visual ou um amputado.
Logo na abertura, um dos pontos altos da festa, o salto de uma megarrampa do cadeirante Aaron Wheelz. Também mereceram destaque as belezas do Brasil e as peculiaridades dos cariocas, como o vendedor de mate e os esportes na praia. O hino nacional, tocado pelo maestro João Carlos Martins, foi ouvido de pé e terminou sob aplausos.
Diferentemente da Olimpíada, o desfile das delegações paralímpicas começou na parte inicial do evento e se estendeu por quase duas horas. Vaias suaves para os argentinos, aplausos para canadenses, chineses, espanhóis, portugueses e tantos outros. Já os brasileiros foram recebidos com euforia, ao som de ¿O Homem falou¿, de Gonzaguinha, que enfatiza uma festa com diversidade e união.
Depois da passagem dos atletas, houve os discursos. O do presidente do comitê organizador, Carlos Arthur Nuzman, estava agradando, recebendo aplausos, mas foi só elogiar o apoio recebido pelos governos que a vaia veio forte e, por alguns minutos, notou-se com clareza o clima político tenso em que vive o país. Coube ao presidente Michel Temer declarar o início dos Jogos. E o novo comandante do país ouviu gritos fortes de protesto.
Voltando à festa, a parte final foi um espetáculo de coreografias, luzes e som. Em também de emoção com a participação das crianças com deficiência, com a performance da atleta paraolímpica e atriz norte-americana Amy Purdy e pela superação da Márcia Malsar, paratlreta dos anos 1980 que chegou a cair carregando a tocha, mas se levantou e foi aplaudida em pé por todo o Maracanã.
O ato derradeiro, o acendimento da pira pelo nadador cadeirante Clodoaldo Silva, empolgou o público. A simbólica escadaria da Candelária ganhou rampas para que ele cumprisse a etapa mais tradicional da cerimônia de abertura.
E como um bom evento que se preze no Rio de Janeiro, tudo terminou da mesma forma como começou, com música e alegria.
Reportagem: http://zh.clicrbs.com.br/rs/esportes/olimpiada/noticia/2016/09/abertura-da-paraolimpiada-e-marcada-por-mensagem-de-diversidade-inclusao-e-superacao-7401389.html / Fotos reportagem: TASSO MARCELO/AFP / Foto Capa: MARCELO SAYÃO EFE
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