Greenpeace decide processar Salles por suposto crime de difamação
O Greenpeace decidiu entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles , por um suposto crime de difamação. O processo será aberto por conta de Salles ter sugerido que a ONG usou um de seus navios para derramar petróleo nas praias nordestinas ao usar a tag #greenpixe em uma publicação no Twitter.
Tem umas coincidências na vida né… Parece que o navio do #greenpixe estava justamente navegando em águas internacionais, em frente ao litoral brasileiro bem na época do derramamento de óleo venezuelano… pic.twitter.com/ebCoOPhkXJ
— Ricardo Salles MMA (@rsallesmma) October 24, 2019
Segundo a ONG, o ministro ainda referiu a seus ativistas como “ecoterroristas” e depredadores do patrimônio público. Na avaliação dela, as declarações de Salles são “levianas e irresponsáveis” e constituem fato grave que não pode ser normalizado. “O processo que ora iniciamos contra o sr. ministro é também uma forma de repúdio por tais comportamentos”, diz a organização.
Imagens de satélite analisadas pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), vinculado à Universidade Federal de Alagoas (Ufal), mostram que uma mancha de óleo no oceano que pode explicar a origem do vazamento dos resíduos no Litoral do Nordeste. O local fica no sul da Bahia, a 54 quilômetros de distância da costa, nas proximidades das cidades de Itamaraju e Prado.
A localização da mancha indica um vazamento de petróleo abaixo da superfície do mar, possivelmente como consequência da perfuração de um campo de exploração não identificado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), segundo o pesquisador Humberto Barbosa, um dos responsáveis pelo estudo.
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A grande mancha de aproximadamente 55 quilômetros de extensão e seis quilômetros de largura em formato de meia-lua foi detectada após o processamento de imagens do satélite Sentinel-1A, da Agência Espacial Europeia (ESA). O material obtido precisou passar por uma análise de três semanas. O trabalho foi finalizado na segunda-feira (28), data da última imagem, e divulgado nesta quarta-feira (30) pelo Lapis, exatamente 60 dias após o início do surgimento das manchas, no dia 30 de agosto, em praias da Paraíba.
O estudo das imagens já havia localizado manchas menores de óleo no mar , mas mostravam o piche fragmentado, o que não permitia identificação do padrão de vazamento.
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