Depois de 31 dias paralisados, funcionários das agências bancárias de cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba decidiram pelo fim da greve. Em São Gotardo, as agências aderidas a grave, estavam paralisadas desde o dia  14 de Setembro. A categoria, após assembleia, aceitou a última proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que prevê um reajuste de 8% em 2016 e abono de R$ 3.500.

As agências voltaram a funcionar normalmente nesta sexta-feira (7), sendo 42 em Patos de Minas e 52 em Uberlândia. A mesma situação foi definida nas cidades da região, entre elas São Gotardo,quando a decisão foi tomada em assembleia na quinta-feira.

Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários deUberlândia e Região (Seeb) de Uberlândia, Edivaldo Dias Cunha, alguns benefícios também tiveram reajuste como 15% no vale alimentação, 10% auxílio refeição e 10% auxílio creche.

O acordo prevê ainda a implantação da licença paternidade de 20 dias. Outro benefício é o abono dos dias parados, obtido após pressão dos bancários na mesa de negociação contra a punição dos trabalhadores que fizeram a greve.

A greve dos bancários

A greve dos bancários começou no último dia 6 de setembro em todo o país. A reivindicação era para reajustar o salário em 14,78%, sendo 9,7% de acordo com a inflação e 5% de produtividade. Além disso, também pediram a defesa do emprego, o combate às metas abusivas e ao assédio moral, o fim da terceirização, a defesa das empresas públicas, salário de ingresso, auxílio-babá e a manutenção de direitos.

Durante a paralisação, cerca de 60 servidores de variadas agências fizeram umamanifestação denominada ‘bananaço’ no Centro da cidade em agosto. O grupo se reuniu na Praça Professor Jacy de Assis, em frente ao Fórum de Uberlândia, e entregaram bananas nas portas dos bancos em sinal de protesto.

Greve nacional mais longa

A greve completou 31 dias nesta quinta-feira (6) e supera a de 2004, primeiro ano em que os bancários se uniram para negociar melhores condições para a categoria e que tinha sido a mais longa até então com duração de 30 dias, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A greve de 2015 durou 21 dias.

Negociações

Os bancários pediam a reposição da inflação do período mais 5% de aumento real (totalizando 14,78% de reajuste), valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) e PLR de três salários mais R$ 8.317,90.

Antes do início da greve, no dia 29 de agosto, os bancos propuseram reajuste de 6,5%. Novas propostas foram apresentadas nos dias 9 e 28 de setembro, de reajuste de 7%. Todas foram rejeitadas pelos bancários, que decidiram manter a greve por tempo indeterminado.

Reportagem: http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2016/10/greve-nas-agencias-bancarias-chega-ao-fim-no-triangulo-e-alto-paranaiba.html / Foto Capa: Diego Oliveira/Portal SG AGORA