Recordes, situações de dor e de superação e despedida de gigantes marcaram os Jogos no Rio
Rio de Janeiro – Muito além da exaltação ao “mais rápido, mais alto e mais forte”, os Jogos Olímpicos são uma celebração do espírito esportivo e da confraternização entre diferentes povos e culturas. Por esta razão, na história olímpica, grandes recordes e conquistas dividem espaço com cenas de esforço e exemplos de superação. No Rio não foi diferente. Os Jogos de despedida de dois fenômenos – Michael Phelps e Usain Bolt –, e do surgimento de outro – Simone Biles – também serão lembrados por momentos emocionantes, como a recepção aos atletas refugiados, a primeira medalha de Kosovo e rivais se ajudando a levantar para, mesmo eliminadas, cruzarem a linha de chegada. O Estado de Minas separou alguns acontecimentos que ficarão gravados na memória dos brasileiros e do resto do mundo.
5/8
Aplausos aos refugiados
Os Jogos Olímpicos começaram com uma celebração à cultura brasileira, em uma cerimônia emocionante com quatro horas de duração. Um dos momentos mais marcantes foi a recepção calorosa à equipe de refugiados, formada por 10 atletas, que fugiram de guerras civis na Etiópia, Congo, Sudão do Sul e Síria. A delegação foi aplaudida de pé.
7/8 e 19/8
Mulheres na história
Em sua primeira participação, Kosovo – país do Leste Europeu ainda não reconhecido pela ONU –, conquistou o ouro com a judoca Majlinda Kelmendi, que saiu ovacionada da Arena Carioca 2. Na reta final dos Jogos, outra mulher fez história: na categoria até 57kg do tae-kwon-do, Kimia Alizadeth se tornou a primeira mulher do Irã a conseguir uma medalha olímpica, com um bronze.
8/8 e 14/8
Voltas por cima
A primeira medalha de ouro no Brasil foi da judoca Rafaela Silva, que foi desclassificada nas quartas de final em Londres e recebeu ataques racistas na internet. A superação de Rafaela, carioca da Cidade de Deus, emocionou o público. Seis dias depois, foi a vez do ginasta Diego Hypólito dar a volta por cima, com a prata no solo. “Em Pequim, caí de bunda. Em Londres, caí de cara. Aqui, caí de pé”, comemorou.
11/8
A perfeição de Biles
Dona de quatro medalhas de ouro e uma de bronze no Rio, o fenômeno Simone Biles, de 19 anos, encantou o público e encerrou sua participação no solo fazendo uma homenagem ao Brasil, com um mix de músicas locais. No Rio, ela foi ouro no solo, salto, individual geral e por equipes e bronze na barra.
13/8
A despedida de Phelps
Atleta mais vitorioso da história olímpica, Phelps se despediu dos Jogos no lugar que mais conhece: o alto do pódio. Com o título no revezamento 4x100m, o americano chegou à 23ª medalha de ouro de um total de 28. No Rio, foram cinco ouros, uma prata e momentos de pai coruja com a filha Boomer, de dois meses.
13/8 e 16/8
Derrotas que doeram
Na segunda prorrogação, a Seleção Brasileira Masculina de Basquete perdeu para a arquirrival Argentina, por 111 a 107, o que custou a classificação para a fase final. No handebol feminino, o sonho de medalha das campeãs mundiais de 2013 parou na Holanda, com derrota por 32 a 23. No vôlei feminino, as atuais bicampeãs caíram para a China, por 3 a 2, marcando o fim do ciclo das mineiras Sheilla e Fabiana na Seleção.
15/8
Thiago Braz, vaias e lágrimas
Em noite chuvosa no Engenhão, Thiago Braz emocionou o país ao conquistar o ouro no salto com vara. Mas o que era para ser comemoração, se transformou em novela, por causa das vaias ao francês Renaud Lavillenie, que reclamou do comportamento do público. No pódio, o ex-campeão olímpico voltou a ser vaiado e, em lágrimas, foi consolado por Braz e pela lenda Sergei Bubka.
16/8
O espírito Olímpico
A americana Abbey D’Agostino e a neozelandesa Nikki Hamblin ficaram fora do pódio nos 5.000m feminino, mas protagonizaram uma cena que representa o espírito olímpico. Na semifinal, Hamblin caiu e derrubou D’Agostino, que torceu o tornozelo. As atletas se ajudaram a levantar. Pouco depois a americana voltou a cair, com dor, e foi incentivada pela neozelandesa. No fim, mesmo eliminadas, as duas se abraçaram.
19/8
Bolt, Bolt, Bolt
O jamaicano Usain Bolt saiu de cena se tornando o primeiro tricampeão dos 100m, 200m e revezamento 4x100m, passando do Engenhão diretamente para os livros de história. No Rio, mesmo sem recordes, o jamaicano sobrou: terminou os 100m batendo no peito e conquistou, sorrindo, sua nona medalha de ouro. No fim, decretou: “Eu sou o maior”.
20/8
O rei da lagoa
Diante das arquibancadas lotadas do Estádio da Lagoa Rodrigo de Freitas, o baiano Isaquias Queiróz fez história ao se tornar o primeiro brasileiro a conquistar três medalhas em uma mesma edição de Jogos Olímpicos. Foram as primeiras medalhas do Brasil na canoagem de velocidade e, de quebra, o baiano se tornou o único a subir três vezes ao pódio na canoa.
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