Seca pode prejudicar produção de alimentos
Falta de água no Sudeste, principal produtor de leguminosas e verduras, deve afetar distribuição de comida em todoo país. Caso os problemas com abastecimento de água em alguns estados não sejam solucionados em curto prazo, a Estiagem pode atrapalhar a produção Agrícola. A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, disse ontem que um mapeamento está sendo feito para avaliar até que ponto a ausência de água pode afetar a geração de alimentos. A maior preocupação é com a produção de leguminosas e verduras, que acontece, principalmente, em São Paulo. Para a ministra, a produção de grãos não deve ser afetada. A avaliação ficará pronta até a próxima semana.
De acordo com Kátia, o objetivo é avaliar o impacto da seca e elaborar medidas de prevenção para evitar o desabastecimento. “Estamos levantando todo o estoque de alimentos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a previsão de chuvas dos próximos três meses e vamos entregar para a presidente, até o fim da semana, um mapa geral antecipado do que poderá faltar”, disse Kátia. A ministra estima que a produção de grãos neste ano deve ser semelhante à do ano o passado. Cerca de 420 municípios são responsáveis por 80% da Soja produzida no país.
Uma opção para minimizar o problema seria incentivar a produção em outras regiões. Na última semana, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, citou a preocupação dos estados em relação ao desabastecimento na indústria. Muitas fábricas, por exemplo, estão utilizando água de reuso, medida que pode ser estimulada nas técnicas para irrigação. “Vamos adotar uma política de precaução para que não falte”, disse Kátia. Todo o Sudeste está afetado pela seca. Ontem, o Sistema Cantareira, principal manancial de abastecimento de São Paulo, operava com 5,2% da capacidade da segunda cota do volume morto.
Durante o encontro, as ministras da Agricultura e do Meio Ambiente anunciaram também o aumento de investimentos no programa de incentivo à recuperação de matas ciliares, o Produtor de Água. As matas ajudam a absorver água no solo e reduzem os impactos da seca. “O programa remunera o Produtor rural que recupera a mata”, explicou Izabella.
Cadastro rural
As ministras trataram também do Cadastro Ambiental Rural, registro público eletrônico de todas as terras, conforme estabeleceu o Código Florestal. A três meses do fim do prazo estabelecido pela lei, somente 35,5% (132,2 milhões) dos 371,8 milhões de hectares foram cadastrados. O prazo máximo é 5 de maio, prorrogável por mais um ano. Kátia e Izabella evitaram dizer se haverá necessidade de estender o período, porque acreditam que boa parte das terras serão inscritas no fim.
Estamos levantando todo o estoque de alimentos, a previsão de chuvas (…) Vamos entregar um mapa geral antecipado do que poderá faltar.”
Reportagem: http://www.portaldoagronegocio.com.br/noticia/seca-pode-prejudicar-producao-de-alimentos-123284
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