Por que é tão difícil dormir quando as noites são quentes?

Foto Capa: G1
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Diante desse calorão pelo Brasil, que não dá trégua nem mesmo durante a noite, o desafio de garantir um sono restaurador fica ainda vez mais difícil, especialmente para quem não conta com a comodidade de um bom ar-condicionado.

Mas, fisiologicamente falando, por que é tão difícil dormir quando as noites são tão quentes quanto os dias? O que de fato acontece com o nosso corpo que nos dificulta a pegar no sono?

De forma resumida, dá para dizer que a chave para esse quebra-cabeça do sono está na vasodilatação e nos extremos de temperatura, dois fenômenos diretamente ligados aos mecanismos de proteção do nosso corpo. Nosso organismo dificulta o adormecimento em temperaturas extremas, acionando um estado de alerta no cérebro, impedindo a transição para o estado de tranquilidade característico do sono.

Vasodilatação é quando os nossos vasos sanguíneos se abrem, permitindo mais fluxo de sangue e nutrientes e reduzindo a pressão arterial. Ela acontece em consequência ao aumento de temperatura, assim como o oposto acontece quando a gente reduz a temperatura: a vasoconstrição, a diminuição do diâmetro dos vasos.

E esse processo todo impacta as funções cerebrais, prejudicando a capacidade de adormecer em condições extremas de calor. Assim, a vasodilatação cria uma relativa vulnerabilidade cerebral, dificultando também o início do sono. Como uma estratégia protetiva, o corpo se mantém em estado de alerta, tornando mais desafiador iniciar e aprofundar o sono em situações extremas.

Separamos algumas dicas que podem contribuir para iniciar o processo de sono nesse tempo. Veja-as abaixo e a explicação para cada uma delas:

  • Dormir com janelas abertas, arejando o ambiente: isso favorece a circulação do ar, mantendo o local fresco.
  • Utilizar roupas e roupas de cama adequadas e leves: isso evita o aumento excessivo da temperatura corporal, proporcionando conforto durante o sono.
  • Tomar um banho mais frio antes de deitar: algo que também ajuda a reduzir a temperatura do corpo, facilitando a transição para o sono. “Se a gente adormecer com o corpo um pouquinho mais frio, após um banho frio, por exemplo, já vai facilitar ao corpo não elevar tanto a temperatura e conseguir fazer sua ciclagem de temperatura, que é a fisiologia natural”, destaca Soster.
  • Beber bastante água: manter-se hidratado é essencial para o funcionamento adequado do organismo durante o sono.
  • Aplicar soro fisiológico no nariz: contribui para a hidratação da mucosa nasal. “E isso pode facilitar a respiração e fazer com que a pessoa melhore esse processo de iniciar o sono”, destaca Sguilar.
  • Escolher o momento mais agradável para adormecer: aproveitar o período mais ameno contribui para iniciar o sono de forma mais tranquila.
  • Criar um ambiente pouco iluminado e pouco ruidoso: isso organiza melhor o início do sono e favorece a produção de melatonina.

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Outras dicas para enfrentar o tempo seco de forma geral

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  • Beba bastante água (cerca de dois litros por dia ou 10 copos de água de 200 ml). Ela hidrata todos os órgãos, inclusive pele e mucosa.
  • Hidrate bem as mucosas com soro fisiológico – pelo menos duas vezes ao dia.
  • Lave os olhos com soro fisiológico ou com colírio de lágrima artificial.
  • Cuidado com bebidas alcoólicas. Elas podem refrescar, mas também desidratam.
  • Mantenha a casa limpa, evitando o acúmulo de poeira.
  • Evite praticar exercícios físicos das 11h às 17h.
  • Proteja-se ao máximo do sol e evite o ressecamento das mucosas e pele.

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Reportagem: Lhorrayne Martins/ Portal SG AGORA / Fonte da Reportagem e Foto Capa: G1

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